Kafka, qual é a tua mermão?

Não existe ser que me desperte mais nojo, medo e raiva do que baratas! Elas me tiram do sério, elas fazem meu sangue ferver, meu cérebro bater pino e meus nervos esfrangalhados.

Ontem estava assistindo Maria Antonieta, amarradona, e do nada vejo uma arrepiante barata enorme andando em cima da minha TV de LCD. Ela estava tentando mudar de canal ou baixar o volume. Levanta, corre, pega o fortein (é o inseticida mais forte, fedorento, químico e radiotivo que conheço e que faço questão de usar) e perseguição atrás do ser de antenas pelo quarto. Fog denso de fortein em cima da minha cama e a amiguinha do kafka se escondeu, me deixando aos pés da cama por 30 minutos esperando sua saída. O sono foi batendo e fui dormir assim, imaginando se ela havia resistido a toda química ou sucumbido à morte embaixo da cama.

Hoje recrutei minha poderosa mãe para checar se algum inseto morto estava ainda lá. Sim, estava. A paz retoma meu ser. Mas só até eu chegar em casa hoje à noite e esperar pela próxima. Armada com fortein.

Férias!

Férias tem um lado que eu quero jogar no chão, chutar a barriga e finalizar com um pisada no baço: os dias que antecedem as mesmas! 

Num tem coisa mais cansativa, estressante, mal-educada, vergonhosa, antipática e preocupante do que:

1) ter que deixar tudo arrumado antes de sair de férias

2) divulgar onde se parou no trabalho de modo que a pessoa que será teu back up saiba como continuar, caso precise

3) pensar em tudo que irá acontecer no periodo das benditas e adiantar os acontecimentos.

4) enviar emails comunicando

5) pagar contas do período

E depois disso tudo, eu penso: essas férias não serão suficientes.

A Virada!

Uma certa etapa da vida, durante um relacionamento que visivelmente está tomando um caminho drástico, ou num momento profissional onde maus entedidos te põem como uma incompetente, ou quando amigos lhe vêem de uma forma ruim, se afastando é necessário intervir. Necessário que a gente aja sabiamente para preservar o que nos é precioso. Necessário dar uma VIRADA no leme desta embarcação que está indo ao encontro do iceberg.

Algumas pessoas, sabias, espertas, vividas, conseguem fazer a gestão da virada em benefício próprio. Conseguem recuperar um amor que esta na linha do pênalti para virar um sofrimento de separação. Conseguem tornar seu perfil profissional bem visto para os outros. Conseguem acabar com fofocas superficiais que afastariam grandes amigos. A questão é como? Porque eu descobri que não sei como fazer isso. Já me vi (me vejo?) sentindo que algo me escapa e não sei o que fazer. É sentar no chão e contar os dedos ou montar uma estratégia para não deixar fugir?

P.S. Descobri que o que eu chamava de VIRADA já tem nome e conceito é METANÓIA e pode ser considerado como transformação do pensamento, mudança de mentalidade, aspectos importantes para que as informações coletadas se transformem em aprendizado e aplicação prática. Então, tá, se você, seu Google, diz, eu acredito!

Matadora de zumbis esquizofrênicos

Eu te ligava e nada, toquei sua companhia você não atendeu. Mandei e-mail, tentei orkut, facebook. Sua ausência já me incomodava. Da ultima vez que havíamos nos falado você estava estranho, doente, febril, com feridas e sem querer contato com mais ninguém. Um dia, recebi seu telefonema, poucas palavras foram ditas, pois você queria me ver pessoalmente. Achei estranho quando nos encontramos e durante um abraço de olá você tentou me morder. Confesso que me incomodava o fato de você ter um tom verde no rosto e ter reagido como um cão raivoso numa hora. Mas só me toquei que você era um zumbi quando te liguei e você só grunhia. Eu não posso mais continuar convivendo com você, pois você já morreu, virou um morto-vivo e só pensa em miolos. Vou ter que te matar, atirar em sua testa e arrancar sua cabeça! Nesta ordem. Que decisão difícil vai ser ter que acabar contigo completamente. Dentro de mim, não queria, mas é mais correto, pois um ser humano nunca vai dar certo com um zumbi. Então se você ainda estiver acessando meu blog, eu estou te avisando: vai morrer, seu zumbi!